Friday, March 24, 2017

Outro sobre outrém

Como pode aprender sobre alguém que é como você?
É como olhar para o seu reflexo no espelho.
O título surge em meio a criação e as palavras vão saindo sozinhas.
Essas são as vantagens de escrever em escrita corrida. Sem pensar n que está escrevendo e apenas colocar no papel ou tela o que se está pensando.
Sempre faço isso e nunca leio o que escrevo depois.
Não posso também pensar no depois, porque ele ainda não chegou.
Como se acostumar a viver em um país que não é o seu, onde a língua não é a sua?
Que estranha sonoridade essa que antes nem sabia o que era. Sentia meu coração em outra parte do meu corpo.
Agora é tão mais fácil. Não tão fácil assim, mas nos adaptamos a qualquer ambiente, não é mesmo?
A tela clareia e escurece conforme eu vou olhando para ela.
Ontem eu sonhei que estava comendo carne... Mas eu parei de comer fazem quase sete meses. Como podemos sentir gosto nos sonhos?
Minha escrita hoje está cheia de perguntas...
Quase nunca escrevo assim, corrido... Mas o meu pensamento está assim, solto.
No meio dos estudos resolvo dar uma pausa para a escrita.
Lá está você de novo.
Por que não atendeu a minha chamada? Será que estava ocupado demais?
O que realmente está no seu coração?
Por que não pode vir?
Por que começo a escrever sobre uma coisa e depois já estou falando sobre outra?
Impressionante como os pensamentos flutuam.
Cosmos. Estrelas a nos observar.
Os versos surgem do nada
Não posso controlar
Pensamentos retidos em versos
Poem ao natural
Conversa comigo mesma sem espelhos, espasmos e espaço
O meu espaço é no seu espaço
O meu espaço são em sua entrelinhas
O meu espaço são nas suas cicatrizes
Um, um braço
Outro, a perna
Como pode?
O meu espaço é o espaço que eu ocupo na sua cama
É  a música que toca na sua cabeça
É a vontade do querer
É a preguiça matinal
Eu não quero te deixar
Porque é a parte mais doída
O meu espaço flutua como algodão
Não é aqui e nem lá
O meu espaço é entre quotation marks
Neo linguagem de arquibancada
Poemas não tem tradução
Voce acha que eu não te conheço?
Às vezes me sinto feliz quando falamos em nossas línguas e fazemos disso uma brincadeira.
Sem pretensão os olhos sorriem e os sorrisos se encontram
E entre abraços e toques
Somos as fases da lua


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