Thursday, October 29, 2009

Canal

Era cedo. Bem cedo. Ele cochilava. Ela estava ao seu lado, acordada.
Ele dormiu.Ela ainda permanecia acordada.
Começou a sentir-se diferente.Sensações estranhas, como se ela pudesse sentir o que ele estava sonhando.
Sentir, não ver.
Tinha se esquecido de que ela era sensitiva.

Tuesday, October 27, 2009

Olhar direto

Fazia tempo que ela não o via assim, conversando sobre assuntos que normalmente ele não conversaria com qualquer pessoa, pois para ele a confiança é essencial.
Estava tudo tão cansativo;o dia, os trabalhos já feito. E quase todo começo de conversa leva a um fim agradável.
Era impressionante o modo como ambos tinham coisas em comuns.Acabaram que ficando por ali mesmo conversando sobre a vida.
É estranho ambos não olharem nos olhos um do outro quando ambos se descrevem psicológicamente frente a frente.
Continuaram a conversar e conversar.
Aquele momento amigável seria inesquecível, pelo menos pela parte dele.
Ela gostava de chamá-lo de um modo ao qual ninguém mais (ou pelo menos quase ninguém) o chamava.
Deram se conta que já haviam anoitecido e que precisariam sair dali.
Ambos caminharam juntos até certo ponto, onde traçaram direções diferentes...

Thursday, October 22, 2009

Frida Khalo



Frida Kahlo estava prestes a ser descoberta como um artista em seu próprio direito, e não apenas a ser referida como a esposa do famoso muralista mexicano Diego Rivera. 
Naquele verão, ator e colecionador de arte Edward G. Robinson viajou à Cidade do México só para ver suas pinturas e pagaram 200 dólares cada um para quatro deles. Frida ficou emocionada. Ela tinha vendido apenas algumas de suas pinturas.Mais tarde, ela escreveu sobre a venda:

"Para mim foi uma surpresa tão grande que fiquei maravilhada e disse:" Esta maneira eu vou poder ser livre, eu vou poder viajar e fazer o que quero, sem pedir dinheiro para o Diego. "



Frida, uma mulher forte.Foi uma grande artista.
Em seus quadros Frida pintava o que sentia.
O quadro bem marcante de Frida:





Ela o pintou logo após ter recebido a notícia de que seu filho nascera em pedaços.



Dalai Lama

Um breve contexto:



Nasceu em 6 de julho de 1935, numa família de camponeses da pequena vila de Taktser, na provincia de Amdo, situada no nordeste do Tibet.
Seu nome era Lhamo Dhondup até o momento em que, com dois anos de idade, Sua Santidade foi reconhecido como sendo a reencarnação de seu predecessor, o 13º Dalai Lama, Thubten Gyatso. Os Dalai Lamas são tidos como manifestações de Avalokiteshvara ou Chenrezig, o Bodhisattva da Compaixão e patrono do Tibet.
Um Bodhisattva é um ser iluminado que adiou sua entrada no nirvana e escolheu renascer para servir à humanidade.






"Como a violência só pode gerar mais violência e sofrimento, nossa luta deve permanecer não violenta e livre de ódio. Tentamos acabar com o sofrimento de nosso povo, não causar o sofrimento dos outros."


Porque suas frases me inspiram...

Sintonia


As vezes não acreditamos em simples coisas que podem ocasionar uma certeza tão grande.Horóscopos..
Alguns não acreditam, acham  besteira,perda de tempo e dizem não possuírem signos nenhum. Varia de pessoa para pessoa. São casos e casos.
As vezes não batem. As vezes. Poucas vezes..


Tuesday, October 20, 2009

Monday, October 19, 2009

Grande P.N!

" A verdade é que não há verdade."

Sunday, October 18, 2009

Um dos que mais gosto


Terceiro Canto de Amor a Stalingrado
Pablo Neruda
Stalingrado
com as asas tórridas
do verão, os brancos
casarões elevando-se:
uma cidade comum.
As pessoas apressadas
vão ao trabalho.
Um cão cruza
o dia empoeirado.
Uma menina corre
com um papel na mão.
Não passa nada,
além do Volga
de águas escuras.
Uma a uma as casas
se levantaram
a partir do peito do homem,
e voltaram os selos do correio,
os ônibus,
as árvores,
voltaram as crianças,
as escolas, voltou o amor.
as mães
dão a luz,
voltaram as certezas
e as ramas,
o vento,
o céu, e então?

Sim. É a mesma,
não cabe dúvida.
Aqui esteve a linha,
a casa,
a esquina,
o metro e o centímetro
onde a nossa vida e a razão
de todas as nossas vidas
foi conquistada
com sangue.
Aqui se cortou o nó
que apertou a garganta
da história.
Foi aqui. Sim parece mentira
que podemos
pisar na rua e ver
a menina e o cachorro,
escrever uma carta,
mandar um telegrama,
porém talvez,
para isso,
para este dia igual
a cada dia,
para este sol simples
na paz dos homens
foi a vitória
aqui, nesta cinza
da terra sagrada.

Pão de hoje, livro de hoje,
pinheiro fresco
plantado esta manhã,
luminosa avenida
recém chegada do papel
onde o engenheiro
a traçou sob o vento da guerra,
criança que passa, cachorro
que atravessa o dia empoeirado,
oh milagres,
milagres de sangue,
milagres do aço e do Partido,
milagres do nosso novo mundo.

Rama de acácias com espinhos e flores
onde, onde
terás maior perfume
que neste lugar onde todo perfume foi derramado
em que tudo caiu
menos o homem
o homem destes dias,
o soldado soviético?

Oh, rama perfumada,
exala
aqui
mais que uma concentrada primavera!

Aqui exalas o homem e a esperança,
aqui, rama de acácia,
não pode queimar-te o fogo
nem sepultar-te o vento da morte.
Aqui ressuscitaste a cada dia
sem haver morrido nunca,
e hoje no teu aroma o infinito humano
de ontem e de amanhã
de depois de amanhã
nos volta a dar sua eternidade florida.
És como a usina de tratores:
hoje florescem de novo
grandes flores metálicas
que entraram na terra
para que a semente
seja multiplicada.
Também a usina foi cinza,
ferro retorcido, espuma
sangrenta da guerra,
porém seu coração não se deteve
foi aprendendo a morrer e a renascer.

Stalingrado ensinou ao mundo
a suprema lição de vida:
nascer, nascer, nascer,
e nascia
morrendo,
disparava
nascendo,
ia de bruços e se levantava
com um raio na mão.
Toda noite sangrava
e já na aurora
podia emprestar sangue
a todas as cidades da terra.
Empalidecia com a neve negra
e toda a morte caindo
e quando olhávamos
para vê-la cair,
quando chorávamos
seu final de fortaleza,
ela nos sorria,
Stalingrado
nos sorria.

E agora
a morte se foi:
apenas algumas paredes;
algum ferro retorcido
bombardeado e torto,
apenas algum rastro
como uma cicatriz de orgulho,
tudo é claridade, lua e espaço,
determinação e brancura
e no alto
uma rama de acácia,
folhas, flores, espinhos defensores,
a extensa primavera
de Stalingrado,
o invencível aroma
de Stalingrado!

Thursday, October 15, 2009

Luz negra

Segundo Fábio Leite, pesquisador do Centro de Estudos Africanos da Universidade de São Paulo, para os africanos existe a força vital.A energia que vem de dentro do ser e que há ligação do homem com a natureza.A força vital ( que vem do divino, sopro da vida), não fica somente na forma espiritual. Acreditam que existem dois "mundos", o preexistente (que existe antes da existência) e o existente, como em um ciclo, onde  o indivíduo nasce, cresce, reproduz (ou não), envelhece e morre.
Quando o indivíduo morre, ele irá para o preexistente (mais ou menos como um paraíso para os cristãos), considerado um lugar melhor do que onde vivem; as pessoas que não reencarnaram, mas que contribuíram com a sua sabedoria para a sociedade, no preexistente viram ancestrais, como os demurgos, que através de sua sabedoria, trazem em suas envocações a essência dos antepassados, tanto físicas quanto psicológicas, por meio da espiritualidade.
Mas para que isso aconteça o homem necessita da palavra, que para eles tem uma séria importância, porque por meio desta direciona a educação, porque os africanos, por não terem nenhuma forma de registro, passam através da oralidade seus conhecimentos, costumes e tradições.Existem especificamente pessoas que são escolhidas para ensinar os mais jovens, que são os idosos, porque são mais velhos e mais experientes. Há uma frase que acho fantásstica: " Quando um ancião morre, uma biblioteca é queimada", porque eles guardam tudo na memória.
A palavra além de profetizar ou praguejar é um instrumento utilizado para decisões da família e da comunidade pois são tomadas em conjunto.Os africanos dão uma importância enorme para a palavra, porque acreditam que nela há a força vital, que há a energia e que há podeer, utilizando assim em alguns casos medicinais, ativando o positivismo para a cura do indivíduo.
O homem é a chave para que isso aconteça. Porque sem o homem, não há força vital, nem palavra para exercício da moralidade.
O homem nasce um ser naturale e ao longo de sua vida, torna-se um ser social de acordo com seus costumes e tradições, como a circuncisão. Esta é a transição de um ser natural para um ser social, onde somente assim, poderá expressar sua opinião. Do contrário é excluído socialmente.
Muitas vezes as pessoas têen preconceito com religiões, inclusive com a africana, por conta de suas tradições e rituais que fazem, buscando de seus ancestrais soluções para seus problemas. Esse preconceito é um pouco de ignorância em relação ao conhecimento da cultura africana, pois preferem ouvir  a verdade que  lhes é dita, a questionar, apenas ouvir.Mas aí é que está!Você não precisa ser da religião para saber os conceitos que a compõe.

Monday, October 5, 2009

Tato

Sinto tua essência em meu ser
Tecendo um sentimento inesperado
Como um alucinógeno que me entorpece aos poucos
Transparecendo num sorriso
Refletindo no olhar
A vontade, a felicidade
E a saudade do querer

Saturday, October 3, 2009

O dom da escrita


Adoro escrever aqui.Sempre que posso estou aqui.
É a liberdade da escrita.
O dom da escrita, que eu não tenho.
Não precisa estar nos padrões da sociedade, ou no culto da língua portuguesa.
Não precisa ter coesão nem coerência.
As linhas não são limitadas.
Não precisa ter palavras
Não precisa ter sentido.
Posso postar o que eu quiser.
Sempre pensei em escrever um livro.
Sempre pensei em escrever histórias que já ouvira durante a minha vida, ou momentos dela. Mas além de tudo pronto, histórias, momentos, idéias, o que necessito é a coragem. Coragem para não deixar guardado na gaveta durante muito tempo o que sempre escrevi.
Mas escrever para quem? Falando sobre o que. Ninguém iria lê-lo mesmo.
Idéias vieram, poemas fluíram..
Já perguntaram-me se eu gostaria de escrever um livro. Disse que sim.
Disseram-me que meus poemas eram bons e que eu poderia juntá-los num emaranhado de palavras misturadas com sentidos que talvez pudessem ser vagos para os olhos dos leitores;mas para os meus, não eram.
Lembro-me de uma frase de um livro que li e que por sinal, gostei muito: " Tudo era fantasia em um mundo de vastas emoções e pensamentos imperfeitos.".A partir desta frase me veio a inspiração, a vontade de escrever.Escrever para mim ou para quem quisesse ler.
A princípio os poemas eram auto-biográfico,quer queira ou não.Somente com o passar do tempo é que haverá um certo desapego.Ou não.