De seu livro: Blefe, vamos fingir um país?
Mediocridade
O homem de concreto
Exibe nas mãos sua história
Fala de privações e sonhos
Que poderiam ser se foram.
O homem de aço
Conta sua saga por meio de pontes
Segue construindo caminhos
Numa ida sem fim.
O homem de água
Partilha seus medos
Com os seres do mar
E sua coragem
Com os seres da terra.
O homem do ar
Desafia a gravidade
E por algum tempo
Consegue ser livre.
O homem público
Não tem história
Nem medos
Nem sonhos
Nem liberdade.
O homem público é medíocre!
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