Muitas vezes, por partes dos indivíduos que nunca estão felizes por completo, há esse questionamento sobre a existência da felicidade, ou sobre a efemeridade da vida.
São mundos de pensamentos desordenados, onde tentam conciliar o viver e o aproveitar cada segundo da vida, como se fosse o último.
Típico de frases clichês.
Não somos nada além do viver e do instante.
Passamos por muitos momentos.
Às vezes se está triste.
Outras vezes se está feliz.
Como poder haver felicidade por completo?
É algo que é motivo de questionamento para alguns.
Cada momento tem a sua importância. E mesmo que sejam passageiros e que alguns digam que nunca alcançaram a total felicidade, estão equivocados, pois, por mais que os momentos sejam vividos naquele instante. Sua felicidade fora completa.
Tuesday, November 30, 2010
Friday, November 26, 2010
Efemeridade
Você brinca com a vida
De achar que sabe das coisas
Coisas que por você, foram vividas
Muitas delas, indecisas.
Pessoas fazem histórias
Que outrora esquecerão
Ou não.
Ou tudo ficará na memória
e logo mais se recordarão.
São histórias feitas
Em momentos efêmeros
Momentos fragmentados
Que fazem parte do filme da vida.
De achar que sabe das coisas
Coisas que por você, foram vividas
Muitas delas, indecisas.
Pessoas fazem histórias
Que outrora esquecerão
Ou não.
Ou tudo ficará na memória
e logo mais se recordarão.
São histórias feitas
Em momentos efêmeros
Momentos fragmentados
Que fazem parte do filme da vida.
Tuesday, November 23, 2010
Volta e revolta
E mesmo depois de muito tempo ele havia tido um sonho. Um sonho que não era como os outros. Ela aparecera novamente.
Mas como se tudo já havia acabado. Não havia mais sentimento algum.
Não havia mais esperanças. Não havia mais nada.
Mas ela ainda estava ali, parada, observando-o.
Ao vê-la sentada na beira de sua cama,ainda meio sonolento - no próprio sonho - como se ela estivesse esperando que ele dissesse algo; mas não disse sequer uma palavra.
Ao lado havia uma mesa redonda de madeira e sobre ela, folhas coloridas e tinta.
Ela então, escolheu uma folha de que mais gostava, fez um desenho e o coloriu.
Levantou lentamente da cadeira onde depois de sair da beira da cama, estava sentada. Seus passos eram calmos. Como se quisesse ainda aproveitar cada segundo invadindo aquele sonho.
Depois de algum tempo, acordou um pouco assustado e sem sono. Tomou café puro e ao voltar para a cama, observou que na mesa de madeira havia algo.
Um desenho. Era o mesmo desenho que ela tinha feito naquele sonho..um lírio e um lobo.
Mas como se tudo já havia acabado. Não havia mais sentimento algum.
Não havia mais esperanças. Não havia mais nada.
Mas ela ainda estava ali, parada, observando-o.
Ao vê-la sentada na beira de sua cama,ainda meio sonolento - no próprio sonho - como se ela estivesse esperando que ele dissesse algo; mas não disse sequer uma palavra.
Ao lado havia uma mesa redonda de madeira e sobre ela, folhas coloridas e tinta.
Ela então, escolheu uma folha de que mais gostava, fez um desenho e o coloriu.
Levantou lentamente da cadeira onde depois de sair da beira da cama, estava sentada. Seus passos eram calmos. Como se quisesse ainda aproveitar cada segundo invadindo aquele sonho.
Depois de algum tempo, acordou um pouco assustado e sem sono. Tomou café puro e ao voltar para a cama, observou que na mesa de madeira havia algo.
Um desenho. Era o mesmo desenho que ela tinha feito naquele sonho..um lírio e um lobo.
Wednesday, November 17, 2010
Segredos de liquidificador
Algumas vezes vivenciamos coisas das quais são únicas e que devem ser guardadas. Ou destruídas.
Saturday, November 13, 2010
Depoimento de um índio
Chovia na floresta
E eu não andava calçado
Não havia nenhum cuidado
O que estava por vir era a funesta
O caos estava dominando
Só havia o vento soprando
Um futuro inesperado,
Descontrolado.
A conequência apareceu
Resquícios de um passado sofrido
Escravizado e colonizado
Agora não há mais pajé
Os cocares foram queimados
O medo é grande
E andamos na ponta do pé
Thursday, November 11, 2010
Liberdade dissipada
A chuva pinga no destino
E se esvai
Agora há somente o momento repentino
Que não mais distrai
A coragem não anda descalça
Na calçada da vida
Destroçada e doída
Sem vida e sem alma
O medo é pai da coragem
E não há mais vantagem
Na conformidade transparecida
E na liberdade esquecida.
E se esvai
Agora há somente o momento repentino
Que não mais distrai
A coragem não anda descalça
Na calçada da vida
Destroçada e doída
Sem vida e sem alma
O medo é pai da coragem
E não há mais vantagem
Na conformidade transparecida
E na liberdade esquecida.
Wednesday, November 3, 2010
Ação e sentimento
Era tarde, estava frio.
Eu voltava do trabalho.
Parei no farol, meu celular tocou. Era mamãe me esperando pro jantar.
Abaixei o volume do som e depois de desligar o celular, ouvi um barulho estranho, como o choro abafado de neném. Mas não haviam nenéns ali. O que havia era apenas crianças fazendo malabarismo no farol, para tirar uns trocados pra comer.
Ao menos não estavam pedindo esmolas e sim mostrando o que aqueles pequenos braços raquíticos eram capazes de fazer.
O choro não cessou. Então decidi estacionar o carro e fui em direção do barulho.
Havia uma caixa em um beco. Ao abri, deparei-me com um lindo menino. Não era recém-nascido. Devia ter uns 3 meses ou mais. Era lindo. Cabelos castanhos, olhos claros.
Não havia ninguém por perto.
Não pensei duas vezes. Peguei-o em meus braços. Ele havia parado de chorar. Liguei para a polícia vir até o local. Demorou um pouco, mas enfim chegou.
A criança estava em meus braços, enrolada em uma manta que eu sempre deixava dentro do carro. Ao menos ele não estava passando frio; mas chorava. Devia ser de fome.
Entreguei o neném à polícia. Perguntei sobre adoção e a policial disse que essas coisas eram muito complicadas e burocráticas e disse que era pra eu ia até a delegacia depois.
Durante uma semana entrei em contato com o pessoal que era responsável pelo caso do menininho abandonado. Depois de muita insistência, consegui o que queria.
Quando soube que seria meu filho, decorei o quarto que havia em meu apartamento, onde antes era meu escritório. Eu era estéril , não poderia ter filhos. Então aquela notícia foi um presente para mim. Procurei fazer as coisas que uma mãe faria para seu filho. Afinal, nunca soube quem eram meus pais de verdade. Eu era adotada. E a história parecia repetir-se novamente..
às vezes eu me perguntava se saberia cuidar direito de uma criança. Ele era tão pequeno.
Voltei para casa com ele nos braços. Não quis ir de carro. Peguei então um táxi, para poder aproveitar cada segundo com meu filho. Arthur, esse era seu nome.
A cada dia que passa ele está cada vez maior e mais esperto. Não perco um momento sequer com ele. Na estante, há muitas fitas gravadas. E às vezes, sentamo-nos no sofá para assisti-las.
No inverno, quando neva, fazemos bonecos de neve e tomamos chocolate quente. Eu Arthur e Natan.
Natan é meu marido. O conheci no mesmo lugar onde adotei Arthur.
Ele era bem devoto à Deus e eu, Ateu. Quando disse que era estéril ele disse que para Deus, nada é impossível; e que só bastava eu ter fé e sempre rezar, que obteria o meu desejo.
Havia adotado Arthur fazia uns quatro anos.
Natan e eu decidimos fazer tratamento para que eu pudesse engravidar. As primeira tentativas foram falhas.Voltei para casa sem esperanças e o que eu queria era somente dormir e nada mais.
Tive um sonho. Havia uma mulher nua com somente o ventre à mostra e ao lado havia uma semente. O lugar onde a mulher estava, era muito claro e havia uma criança pequena junto à ela. Uma menina. A menina repetia a ação sem parar. Colocava a semente na palma da mão e fechava depois. Apertava-a com bastante força, mas não deixava seu semblante demonstrar força física. Era como se estivesse fazendo toda a força do mundo e com uma expressão de calmaria. A menina colocava a semente no ventre desta mulher.
Acordei assustada, sem saber o que fazer. Aquela mulher do sonho não poderia ser eu.
Disse à Natan o que houve e ele disse que poderia ser um sinal.
Então eu disse que se Deus existisse mesmo ele deveria conceber-me um filho.
Duas semanas se passaram. Eu não estava me sentindo muito bem. Havia passado mal no trabalho e o que eu queria era somente descansar. Resolvi depois de um cochilo, ir à farmácia fazer um teste de gravidez.
Fui sem a menor expectativa e quando vi o resultado, não pude conter-me.
Eu estava grávida.
Eu voltava do trabalho.
Parei no farol, meu celular tocou. Era mamãe me esperando pro jantar.
Abaixei o volume do som e depois de desligar o celular, ouvi um barulho estranho, como o choro abafado de neném. Mas não haviam nenéns ali. O que havia era apenas crianças fazendo malabarismo no farol, para tirar uns trocados pra comer.
Ao menos não estavam pedindo esmolas e sim mostrando o que aqueles pequenos braços raquíticos eram capazes de fazer.
O choro não cessou. Então decidi estacionar o carro e fui em direção do barulho.
Havia uma caixa em um beco. Ao abri, deparei-me com um lindo menino. Não era recém-nascido. Devia ter uns 3 meses ou mais. Era lindo. Cabelos castanhos, olhos claros.
Não havia ninguém por perto.
Não pensei duas vezes. Peguei-o em meus braços. Ele havia parado de chorar. Liguei para a polícia vir até o local. Demorou um pouco, mas enfim chegou.
A criança estava em meus braços, enrolada em uma manta que eu sempre deixava dentro do carro. Ao menos ele não estava passando frio; mas chorava. Devia ser de fome.
Entreguei o neném à polícia. Perguntei sobre adoção e a policial disse que essas coisas eram muito complicadas e burocráticas e disse que era pra eu ia até a delegacia depois.
Durante uma semana entrei em contato com o pessoal que era responsável pelo caso do menininho abandonado. Depois de muita insistência, consegui o que queria.
Quando soube que seria meu filho, decorei o quarto que havia em meu apartamento, onde antes era meu escritório. Eu era estéril , não poderia ter filhos. Então aquela notícia foi um presente para mim. Procurei fazer as coisas que uma mãe faria para seu filho. Afinal, nunca soube quem eram meus pais de verdade. Eu era adotada. E a história parecia repetir-se novamente..
às vezes eu me perguntava se saberia cuidar direito de uma criança. Ele era tão pequeno.
Voltei para casa com ele nos braços. Não quis ir de carro. Peguei então um táxi, para poder aproveitar cada segundo com meu filho. Arthur, esse era seu nome.
A cada dia que passa ele está cada vez maior e mais esperto. Não perco um momento sequer com ele. Na estante, há muitas fitas gravadas. E às vezes, sentamo-nos no sofá para assisti-las.
No inverno, quando neva, fazemos bonecos de neve e tomamos chocolate quente. Eu Arthur e Natan.
Natan é meu marido. O conheci no mesmo lugar onde adotei Arthur.
Ele era bem devoto à Deus e eu, Ateu. Quando disse que era estéril ele disse que para Deus, nada é impossível; e que só bastava eu ter fé e sempre rezar, que obteria o meu desejo.
Havia adotado Arthur fazia uns quatro anos.
Natan e eu decidimos fazer tratamento para que eu pudesse engravidar. As primeira tentativas foram falhas.Voltei para casa sem esperanças e o que eu queria era somente dormir e nada mais.
Tive um sonho. Havia uma mulher nua com somente o ventre à mostra e ao lado havia uma semente. O lugar onde a mulher estava, era muito claro e havia uma criança pequena junto à ela. Uma menina. A menina repetia a ação sem parar. Colocava a semente na palma da mão e fechava depois. Apertava-a com bastante força, mas não deixava seu semblante demonstrar força física. Era como se estivesse fazendo toda a força do mundo e com uma expressão de calmaria. A menina colocava a semente no ventre desta mulher.
Acordei assustada, sem saber o que fazer. Aquela mulher do sonho não poderia ser eu.
Disse à Natan o que houve e ele disse que poderia ser um sinal.
Então eu disse que se Deus existisse mesmo ele deveria conceber-me um filho.
Duas semanas se passaram. Eu não estava me sentindo muito bem. Havia passado mal no trabalho e o que eu queria era somente descansar. Resolvi depois de um cochilo, ir à farmácia fazer um teste de gravidez.
Fui sem a menor expectativa e quando vi o resultado, não pude conter-me.
Eu estava grávida.
Monday, November 1, 2010
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