Em meio aos dias de veludos
Envoltos de uma felicidade esgarçada
Do outro
Uma vontade anárquica invadindo os asfaltos
Verde.
Um verde que não gosto.
Uma cor fora de moda.
O vidro intacto com uma taça
Simbolizando o vazio
O país se move
As risadas movem
Apenas um olhar e um sorriso
em meio aos quatro vidros e um telefone
Com uma gravação tão alta
Que é preciso afastar o aparelho do ouvido.
Decisão.
Cisão.
Corte.
Sorte.
Quem sabe.
Poesia presa numa estréia de Genet
Como se por um instante pudesse estar em calçadas preto e brancas
De uma bossa nova esquecida
Onde a presença é na verdade uma ausência embebida de um pólem grotesco
É natural
O diferente é normal
Normalísssimo sem atração
À espera de um balcão
Numa cadeira descascada
Que celebra a alegria do não querer
Sorrisos amarelos
Sorrisos
Só risos.
Só.
Ris sós?
É a solidão que te bate na porta
Porque quer companhia
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