Alegria dissipada em saudade congelam seres pares
Sou algum número ímpar em meio a uma dedicatória esquizofrênica
Um novo ano está pra chegar
E parece que as coisas serão as mesmas
Encontro sem abraço demorado
Sem olhares e sem por quês
Permaneço estática
como um borrão de tinta impermeável que não escorre mais
Reciprocidade se esvai em estrelas
Será que o meu amor é mesmo meu?
Felicidade e angústia
Sinto como se fossêmos estranhos
Sem balões pra decorar
Sem sextas-feiras pra amar
Sem Domingos para enfeitar
Sem tempo pra estar
Cem dias pra raiar
O tempo
Interrompido
O tempo
Nunca existiu
Encontros e despedidas.
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