Monday, June 1, 2015

Seus cílios nos meus

Quero um dia poder acordar e sentir o vento bater amarelo
Abrindo e fechando os olhos
Te vento ali

O que eu vejo é o vazio das cobertas geladas
Calmaria das madrugadas
Noites desleixadas
Sucumbidas em agonia de pura maestria

Não quero mais estar
Não quero não poder olhar
Não quero dormir, acordar e você não estar

Alegria chegou de supetão
Em dois minutos se fez explosão
Logo depois disse que iria embora de avião

A poltrona estava vazia
Acinzentada seca noite e dia
Noite que é mais noite do que dia
Fuso horário que agonia

Não vejo mais o sol
Meu coração pescado foi por um anzol
Quando eu estava com as estrelas
Onde cavar ar puro e natureza?
Seus cílios piscam o tempo vencido
Éramos plural: Eu, você e o nosso amor amanhecido.



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