Ando por entre as calçadas marcadas de giz
Onde as pessoas pedem perdão em silencio
Ninguém se olha
Mas todo mundo se vê
É como se fossemos bolhas coloridas que sucumbem o por do sol
Já não existe mais natureza nos atos
A respiração é outra
O tempo é outro
O tempo é a dor da alma que se multiplica em amuletos secretos e intocáveis
Onde as corujas inalam o não saber
Desejo cinza sem reabilitação
Embalam as certezas que se deterioram em menos de cinco minutos
Revoltar-se
Prestar atenção duas vezes até que sua mente cuspa a tinta que escorre por entre as veias
Cor silenciosa que chora como as árvores em dia de segundas feiras
Respiro o livro cigarro onde encontro o ponto de partida
Não poderia ser tudo um pouco mais natural?
A naturalidade esqueceu o caminho de ida
Vozes sucumbem o pensamento gélido das palavras ditas e não escutadas
Mente abstrata vaga paralelamente em faixas vazias de estacionamentos
Relembrando poemas de Manoel de Barros
Onde o outro vira eu
Que viro vento
No relento da felicidade
Ouvira o que já não se pode mais julgar
Porque um mais um é igual a dois
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