Era verão e meus pais queriam mudar de casa, porque era mais perto pro emprego do papai.
Era um sábado e fomos ver umas casas da redondeza.
Descemos do carro e em frente à casa havia uma mulher, ela deveria ser a corretora, pois estava muito atenciosa com meus pais.
Ela pediu que nós fossemos conhecer a casa. Subi as escadas.
A casa era muito bonita, grande e um pouco velha.
Os antigos donos mudaram-se para um local mais perto do comércio.
encontrei uma porta que havia uma escada. Fui até o sótão e lá encontrei um baú de madeira, um pouco velho. Limpei a poeira e em sua madeira estava grafada "Pedra do singno". Tentei abrir, mas não havia chave nenhuma, somente o cadeado. O baú estava trancado.
Papai chamara-me para irmos embora. Perguntou se eu havia gostado da casa e tudo. Disse que sim. Afinal ela tinha um bom espaço na cozinha e era bem ampla. Uma dessas casas de interior.
Mudamo-nos para lá quatro meses depois.
Agora ela estava toda reformada.
Segui minha vida normalmente. Formei-me no colégio e na faculdade. Fiz psicologia.
O emprego do papai estava dando certo. Desde que mudamo-nos para cá, tudo está dando certo. Exceto para mim.
Todos diziam que não havia nada de errado comigo;e talvez, não houvesse mesmo. Ou houvesse.
DE uns tempos pra cá eu estava usando drogas e estava sendo maravilhoso, mas ao mesmo tempo que eu tinha tudo, eu não tinha nada. Depois que o efeito cessava, parece que o mundo não era mais o mesmo. O momento de euforia e alegria, agora tornara-se horrendo.
Por um tempo não deixei aparente, afinal eu sabia disfarçar muito bem. Mas não consegui segurar as pontas por muito tempo.
Os pacientes reclamavam. As sessões de psicologia já não eram mais tão boas como antes.
O que havia de errado comigo?
Agora eu era uma viciada.
Às vezes parecia que eu escondia os meus problemas nos dos outros.
Ouvir problemas dos outros estava me afetando cada vez mais, pois não havia como não pensar depois, por pequenos que sejam, é um pouco difícil. O que eu estava precisando mesmo era viajar.
Viajar pra qualquer lugar do mundo. Talvez, Amsterdã.
Lá seria o paraíso pra mim.
Passei dois meses lá.
Tive overdose. Levaram-me para uma clínica de reabilitação.
Um ano e meio sem drogas.
Voltei para casa.
Estava no computador e, quando me dei conta estava dando depoimentos em um site de pessoas que também estavam em reabilitação.
Estava muito calor e , quando estava prendendo meu cabelo, o brinco enroscou em uma correntinha que eu havia ganhado de presente, quando era pequena. Toquei an corrente e lembrei-me do baú. O tal baú de madeira, de quando eu era pequena. Não pensei duas vezes, na minha correntinha havia uma chave de ouro que era compatível com o cadeado do baú.
Fiquei maravilhada. Como nunca havia pensado em algo o tipo antes?
Um enigma da infância que agora estava prestes a ser desvendado.
Coloquei a chave e girei. O baú abriu.
Havia um brilho diferente, que encantava. Dentro do baú havia um calendoscópio e uma pedra preciosa: o cristal.
Eu sabia que havia algo em comum entre nós.
Então fiz o que antes nunca havia feito. Três gramas de cristal moído misturado com água. Minutos depois, senti ardência na garganta, uma pressão que parecia não mais cessar,peguei o calendoscópio, que também estava dentro do baú. Fiquei maravilhada com aquela sensação indescritível e única.
Mas algo estava acontecendo. Meus pés começaram a formigar, arder. Essa ardência tomou-me por inteira.
Agora não havía dúvidas. Deixei o cristal dominar-me até não sentir mais "tum, tum, tum".
Olá.
ReplyDeleteComo prometido, li o texto.
Já vou dizer que não entendi o final, talvez não tivesse viajado o suficiente para sacar o que você quis passar... Mas não entendi mesmo, rs.
O título já me fez imaginar algo totalmente diferente, talvez com um ou outro detalhe parecido com o começo do texto.
Hum, como posso dizer... O "físico" do seu texto (estrutura, isso!), a estrutura do seu texto ficou muito boa, com parágrafos curtos, ou seja, um texto breve, com conteúdo e não cansativo! No entanto, algumas coisas nele são muito clichê... Como a mudança para uma casa estilo interior e o baú no sótão.
Mas talvez eu diga isso por não ter entendido direito, né?
Enfim, você pediu minha opinião, estou aqui com ela :) Desculpe qualquer comentário, fiz o máximo para ser 'de boa', rs.
Beijos :)
Bom, gostei bastante do seu comentário.O título faz parte de toda a história, porque o "mundo das drogas" é mesmo sem limites.
ReplyDeleteCristal é uma espécie de droga que vicia mais rápido que o craque, afetando bem mais.Ela não queria viver e teve overdose; ou seja,o Cristal a dominou.