Deixo tudo me levar
O sol, a brisa, o mar.
Na correnteza da vida
Passo os dias nadando
Na profundidade
E na incerteza dos pensamentos.
Aborrecimentos.
Quase não subo para respirar
O ar poluído
Corroído
E constituído de tristeza
Mergulho brevemente
Na nascente
Inocente
Juntamente com a calmaria
A pureza e a alegria
Descanso meus dias
No compasso da sintonia
Até raiar o dia.
Wednesday, July 28, 2010
Um segundo só
Apenas quando você quer descansar.
Ir à um parque. Deitar na grama. Sentir o ar puro te dominando. Não pensando no que te atormenta, mas sim no que te acalma.
Apenas por um segundo, você ouvindo a melodia.
Entrando em contato com seu eu interior. Com fervor.
Ouvindo as batidas do coração. Sentindo o cabelo balançando com o vento. Nada de tormento.
Apenas você, o sol e o vento.
Ir à um parque. Deitar na grama. Sentir o ar puro te dominando. Não pensando no que te atormenta, mas sim no que te acalma.
Apenas por um segundo, você ouvindo a melodia.
Entrando em contato com seu eu interior. Com fervor.
Ouvindo as batidas do coração. Sentindo o cabelo balançando com o vento. Nada de tormento.
Apenas você, o sol e o vento.
Friday, July 23, 2010
É muito mais
Ando na escuridão
Esperado por um feche de luz
Que não apareceu
A esperança me conduz
Na imensidão
Que ainda não se perdeu
Fico à espera na varanda
Por onde será que anda
A eterna essência
E a transparência
Que seduz
E que um dia fez parte de mim?
Esperado por um feche de luz
Que não apareceu
A esperança me conduz
Na imensidão
Que ainda não se perdeu
Fico à espera na varanda
Por onde será que anda
A eterna essência
E a transparência
Que seduz
E que um dia fez parte de mim?
Thursday, July 22, 2010
Tum, tum, tum
A batida estremece
Logo então o corpo aquece
Não se recorda, mas não esquece
De tudo o que aparece
Anoitece
A batida ainda estremece
Quase que desaparece
Por um instante acontece
Aquilo que de fato não adormece
O calor domina minha espécie
O sentimento me abastece
Mas minha ira me aborrece
Meu corpo adoece
Minha alma agradece
E meu espírito adormece.
Logo então o corpo aquece
Não se recorda, mas não esquece
De tudo o que aparece
Anoitece
A batida ainda estremece
Quase que desaparece
Por um instante acontece
Aquilo que de fato não adormece
O calor domina minha espécie
O sentimento me abastece
Mas minha ira me aborrece
Meu corpo adoece
Minha alma agradece
E meu espírito adormece.
Wednesday, July 21, 2010
Olhos como fruta
Pelo simples fato da existência e de sermos mutáveis conforme o tempo, fazemos coisas sem pensar. Fazemos por que queremos e quando queremos, não nos importando com os outros. Ou importando-nos demais.
Importância.
O que muitos dão às pessoas que talvez nem sejam tão queridas assim. Mas pelo fato da aceitação. Imploram por aceitação. São outros para serem si mesmos.
Nunca estão satisfeitos com o que são. Podem até saber quem são, o que pensam, quais são os princípios, se é que existe algum princípio.
Fazem o que muitas vezes não querem fazer, mas acabam que fazendo por aceitação.
Resignação dentro de uma tribo. Tribo urbana.
Será mesmo que tudo isso é preciso?
Thursday, July 15, 2010
O caos e o pensamento
Pensamento abstrato
Guardado no retrato
De uma noite sem lua
Vejo a verdade nua
Com os pés descalços
Andando na rua
Esperando por abraços
Abraços que nunca lhe serão dados
Em meio ao caos por onde está
Onde é que ele está?
Num quebra-cabeça
à espera de que aconteça
E do que ainda virá.
Guardado no retrato
De uma noite sem lua
Vejo a verdade nua
Com os pés descalços
Andando na rua
Esperando por abraços
Abraços que nunca lhe serão dados
Em meio ao caos por onde está
Onde é que ele está?
Num quebra-cabeça
à espera de que aconteça
E do que ainda virá.
Rua de pedra e eu sem sapatos
Ando, ando, ando.
Respiro.
Corro.
Muito.
Respiro.
Respiração ofegante essa que parece não cessar.
Corro mais. Descalça. Até meus pés sangrarem, na rua de pedra.
Corro de olhos fechados. Sem pensar em quem estiver na minha frente ou ao meu lado.
Corro, corro, e corro.
Pra chegar aonde?
Nem eu sei.
Respiro.
Corro.
Muito.
Respiro.
Respiração ofegante essa que parece não cessar.
Corro mais. Descalça. Até meus pés sangrarem, na rua de pedra.
Corro de olhos fechados. Sem pensar em quem estiver na minha frente ou ao meu lado.
Corro, corro, e corro.
Pra chegar aonde?
Nem eu sei.
Monday, July 12, 2010
Desci
Eram apenas construções com umas barracas na parte da frente. Como se morassem mais de duas famílias no mesmo local, porém em casas diferentes.
Havia muita areia, tijolos, cimento.
Lá estava ele. Surpreso com minha presença.
Não poderia ficar muito tempo ali. Tinha uns compromissos depois.
Lembro que eu queria comprar um biquíni. Então, fomos até a pista e fizemos uma lotação parar:
- Com licença, será que você pode nos dar uma carona até a avenida principal? - disse num tom meio tímido.
O motorista não hesitou e disse:
- Sim.
Subimos então e nos sentamos. Eu no banco da frente e ele no banco de trás.
Chegamos.
Fui logo entrando na loja e ele ficou me esperando do lado de fora.
A vendedora mostrava-me uns com as cores do verão e os mais vendidos.
Nada me agradava.
Eu só queria um preto básico.
- Você não tem um preto básico? - perguntei a vendedora super atenciosa.
- Humm.. deixe-me ver.. Ah! Acho que encontrei um aqui..
- Posso ver?
- Claro, espere um instante.
Enquanto ela foi pegar eu dava uma olhada na loja.
Era quase toda branca e tinha um perfume bom.. como sândalo..era agradável.
- Bom, aqui está! - ela me disse.
- Ótimo.Vou levar.
A praia era bem perto e eu queria dar uma volta. Sentia a areia da praia entre os meus pés.
Sentir a suavidade da brisa. A maciez do vento me tocando suavemente.
Como aquilo tudo era bom.
Fomos depois à uma sorveteria e pedi o meu preferido. Flocos.
Voltamos à um quiosque perto da praia a lá ficamos conversando por algumas horas.
O tempo não era o mesmo. Muitas nuvens surgiram no céu. Então, a qualquer hora poderia chover.
- Vamos embora daqui? - Disse ele com um tom gentil.
- Por que?
- Porque vai chover. Olhe para o céu.
- Deixa chover!
- Bom, se você insiste mesmo em ficar aí, eu já vou indo.
- Tá.
Essa foi minha única resposta.
Ele agora já havia ido embora e eu estava lá. Olhando aquele belo mar.
Será que eu deveria pedir desculpas? Mas pedir desculpas pelo quê?
Eu não tinha feito nada de errado, tinha?
Só queria aproveitar o tempo livre que me restava. Ele deveria enteder.
Mas não entende.
Ninguém entende.
Bom, Jeff Buckley me entenderia.
Levantei e peguei um táxi até a rodoviária.Comprei a passagem de volta.
Quando se pensa em descansar, não há descanso.
O que me restara era ouvir Jeff.
Assim eu estaria melhor.
Havia muita areia, tijolos, cimento.
Lá estava ele. Surpreso com minha presença.
Não poderia ficar muito tempo ali. Tinha uns compromissos depois.
Lembro que eu queria comprar um biquíni. Então, fomos até a pista e fizemos uma lotação parar:
- Com licença, será que você pode nos dar uma carona até a avenida principal? - disse num tom meio tímido.
O motorista não hesitou e disse:
- Sim.
Subimos então e nos sentamos. Eu no banco da frente e ele no banco de trás.
Chegamos.
Fui logo entrando na loja e ele ficou me esperando do lado de fora.
A vendedora mostrava-me uns com as cores do verão e os mais vendidos.
Nada me agradava.
Eu só queria um preto básico.
- Você não tem um preto básico? - perguntei a vendedora super atenciosa.
- Humm.. deixe-me ver.. Ah! Acho que encontrei um aqui..
- Posso ver?
- Claro, espere um instante.
Enquanto ela foi pegar eu dava uma olhada na loja.
Era quase toda branca e tinha um perfume bom.. como sândalo..era agradável.
- Bom, aqui está! - ela me disse.
- Ótimo.Vou levar.
A praia era bem perto e eu queria dar uma volta. Sentia a areia da praia entre os meus pés.
Sentir a suavidade da brisa. A maciez do vento me tocando suavemente.
Como aquilo tudo era bom.
Fomos depois à uma sorveteria e pedi o meu preferido. Flocos.
Voltamos à um quiosque perto da praia a lá ficamos conversando por algumas horas.
O tempo não era o mesmo. Muitas nuvens surgiram no céu. Então, a qualquer hora poderia chover.
- Vamos embora daqui? - Disse ele com um tom gentil.
- Por que?
- Porque vai chover. Olhe para o céu.
- Deixa chover!
- Bom, se você insiste mesmo em ficar aí, eu já vou indo.
- Tá.
Essa foi minha única resposta.
Ele agora já havia ido embora e eu estava lá. Olhando aquele belo mar.
Será que eu deveria pedir desculpas? Mas pedir desculpas pelo quê?
Eu não tinha feito nada de errado, tinha?
Só queria aproveitar o tempo livre que me restava. Ele deveria enteder.
Mas não entende.
Ninguém entende.
Bom, Jeff Buckley me entenderia.
Levantei e peguei um táxi até a rodoviária.Comprei a passagem de volta.
Quando se pensa em descansar, não há descanso.
O que me restara era ouvir Jeff.
Assim eu estaria melhor.
Sunday, July 11, 2010
Saturday, July 10, 2010
O soldado
Estava cansado.
Acabara de vencer uma guerra.
Ainda não sabia o que faria dli em diante. Mas só sabia que estava no caminho certo.
Talvez estivesse mesmo.
Espero que não seja tarde.
Talvez passe por aqui.
Não tenho esperanças.
Porém, quem sabe um dia sua curiosidade fala mais alto que seu ego?
Acho que ainda há perguntas que você faz para si mesmo que não encontrou respostas.
"Por que você pergunta tanto?"
O que seria de você sem as minhas perguntas?
Você já sabe a resposta. Só precisa se dar conta disso.
Encontro nas mãos do soldado as marcas do destino.
Destino incerto. Ou não.
" Seu nome está errado
Sua vida padronizada
Tente aprender
Tão único é viver
"Não tente ser o que você não é!
Não tente ser o que você não é!
Não se engane, lute pra mudar
De olhos vendados não seja manipulado
Santa ignorância
Não tente ser o que você não é!" - Quarentine
Sonho. Não consigo definir os rostos.
Apenas sonho. Tenho apenas três falas:
Quem é você?
O que você fez?
O que você possui?
Espero que entenda o que quero que entenda.
Ligue os fatos.
Acabara de vencer uma guerra.
Ainda não sabia o que faria dli em diante. Mas só sabia que estava no caminho certo.
Talvez estivesse mesmo.
Espero que não seja tarde.
Talvez passe por aqui.
Não tenho esperanças.
Porém, quem sabe um dia sua curiosidade fala mais alto que seu ego?
Acho que ainda há perguntas que você faz para si mesmo que não encontrou respostas.
"Por que você pergunta tanto?"
O que seria de você sem as minhas perguntas?
Você já sabe a resposta. Só precisa se dar conta disso.
Encontro nas mãos do soldado as marcas do destino.
Destino incerto. Ou não.
" Seu nome está errado
Sua vida padronizada
Tente aprender
Tão único é viver
"Não tente ser o que você não é!
Não tente ser o que você não é!
Não se engane, lute pra mudar
De olhos vendados não seja manipulado
Santa ignorância
Não tente ser o que você não é!" - Quarentine
Sonho. Não consigo definir os rostos.
Apenas sonho. Tenho apenas três falas:
Quem é você?
O que você fez?
O que você possui?
Espero que entenda o que quero que entenda.
Ligue os fatos.
Wednesday, July 7, 2010
Meu eu
É, posso confessar.
Mas não há como evitar
A saudade me domina.
Acaba que me alucina
É difícil esquecer
Daquilo que você viveu
O que não importa
É aquilo que você esqueceu
Assim como eu.
Mas não há como evitar
A saudade me domina.
Acaba que me alucina
É difícil esquecer
Daquilo que você viveu
O que não importa
É aquilo que você esqueceu
Assim como eu.
Monday, July 5, 2010
Átina
Talvez tenha feito isso sem perceber.
Novas portas se abriram
Se não parasse de ler outras coisas por um instante
Não teria lido hoje o que li.
Coincidência ou destino, palpite ou alerta?
Vou guardar comigo.
De pequena só mesmo o tamanho.
Novas portas se abriram
Se não parasse de ler outras coisas por um instante
Não teria lido hoje o que li.
Coincidência ou destino, palpite ou alerta?
Vou guardar comigo.
De pequena só mesmo o tamanho.
Sunday, July 4, 2010
Do colorido ao preto e branco
Era de fato o que já se esperava.
O médico disse que não havia mais nenhuma maneira de tudo voltar ao normal.
O tempo passou e parece que não percebi o que estava acontecendo.Sempre preocupada com o trabalho, quase que não sobrava tempo para passar com o Todd.
Todd é meu marido, e há dois anos atrás quando voltávamos de uma festa de casamento, houve um acidente de carro,ele havia bebido muito e acabou perdendo o controle do carro.
Lembro que estava em alta velocidade e em uma curva fechada, o carro desceu morro abaixo capotando. As crianças estavam em casa. Não eram muito de sair conosco à festas como aquela. Costumavam ficar com a babá, que por sinal é uma mulher maravilhosa que eu conheço há muitos anos; ela chama Sarah. As crianças a adoram. Bom, desculpe por não responder às suas perguntas, mas é que sempre que menciono Sarah, me emociono muito.
Lembro que quando o carro parou, eu só queria saber se Todd estava vivo e mais nada. Não importava com o que pudesse acontecer comigo. Apesar da bebia ele sempre foi um ótimo pai. Sempre quando ele chegava do trabalho, brincava com as crianças e tudo.
Após algum tempo, a polícia chegou no local, juntamente com os bombeiros. Tiraram-me de dentro do carro e levaram-me para o hospital. Tive alguns ferimentos leves, mas ficou tudo bem. Todd ficou no mesmo hospital que eu. Ficava o tempo todo deitada na cama, me recuperando e houve uma hora em que bateu o sono. Estava exausta. Ao acordar e olhar pro lado, vi que ele estava ao meu lado. e infelizmente Todd perdeu uma das pernas entre as ferragens, no acidente.
Depois do que houve com ele. Sempre vamos à médicos para ver se conseguem reconstituírem novamente sua perna. Sem próteses de plástico, mas como algo de metal, revestido de pele humana. Eles falaram que era impossível fazer isso. Mas nunca desistimos.
Até hoje me culpo por não ter feito algo na hora do acidente. É como se o mundo todo desabasse sobre mim e de uma forma ou de outra, todos os problemas viessem à tona.
E se eu tivesse virado o volante para o lado contrário?
Bom, não aguento mais chorar ao lembrar disso.
Sem mais perguntas.
Agradeço a presença de vocês, mas Todd não quer saber da imprensa aqui em casa.
Até.
O médico disse que não havia mais nenhuma maneira de tudo voltar ao normal.
O tempo passou e parece que não percebi o que estava acontecendo.Sempre preocupada com o trabalho, quase que não sobrava tempo para passar com o Todd.
Todd é meu marido, e há dois anos atrás quando voltávamos de uma festa de casamento, houve um acidente de carro,ele havia bebido muito e acabou perdendo o controle do carro.
Lembro que estava em alta velocidade e em uma curva fechada, o carro desceu morro abaixo capotando. As crianças estavam em casa. Não eram muito de sair conosco à festas como aquela. Costumavam ficar com a babá, que por sinal é uma mulher maravilhosa que eu conheço há muitos anos; ela chama Sarah. As crianças a adoram. Bom, desculpe por não responder às suas perguntas, mas é que sempre que menciono Sarah, me emociono muito.
Lembro que quando o carro parou, eu só queria saber se Todd estava vivo e mais nada. Não importava com o que pudesse acontecer comigo. Apesar da bebia ele sempre foi um ótimo pai. Sempre quando ele chegava do trabalho, brincava com as crianças e tudo.
Após algum tempo, a polícia chegou no local, juntamente com os bombeiros. Tiraram-me de dentro do carro e levaram-me para o hospital. Tive alguns ferimentos leves, mas ficou tudo bem. Todd ficou no mesmo hospital que eu. Ficava o tempo todo deitada na cama, me recuperando e houve uma hora em que bateu o sono. Estava exausta. Ao acordar e olhar pro lado, vi que ele estava ao meu lado. e infelizmente Todd perdeu uma das pernas entre as ferragens, no acidente.
Depois do que houve com ele. Sempre vamos à médicos para ver se conseguem reconstituírem novamente sua perna. Sem próteses de plástico, mas como algo de metal, revestido de pele humana. Eles falaram que era impossível fazer isso. Mas nunca desistimos.
Até hoje me culpo por não ter feito algo na hora do acidente. É como se o mundo todo desabasse sobre mim e de uma forma ou de outra, todos os problemas viessem à tona.
E se eu tivesse virado o volante para o lado contrário?
Bom, não aguento mais chorar ao lembrar disso.
Sem mais perguntas.
Agradeço a presença de vocês, mas Todd não quer saber da imprensa aqui em casa.
Até.
Friday, July 2, 2010
Thursday, July 1, 2010
Instante
Não podia ser! Ouvi alguém dizer: voe...voe.
Mas como voar, se não tenho asas?
A voz me segue para onde quer que eu vá. Não ouço outra coisa além disso.
O que querem que eu faça?
Fingir que eu sou um anjo?É pedir demais.
Estava me dando sono, então, não fiz nada além do nada. Tomei banho e fiquei assistindo à um programa de culinária até me dar sono.
Adormeci.
A voz não cessava...
Meus ombros doíam muito.. pareciam que algo deveria sair de lá.
Tomei então um relaxante muscular para ver se a dor acabava.
Parou.
Mas em algumas horas voltou, e com mais força.
O que estava havendo? Não conseguia mais dormir. Acordei e fui tomar outro banho quente, em quente para ver se melhorava.
Tirei a roupa e liguei o chuveiro. Esperei a água esquentar. Molhei meu rosto com aquela água quente. Ah! como era bom aquilo..Logo após, molhei meus cabelos..e tentei não pensar na dor.
Deixei a água cair no local e fechei os olhos. A dor estava melhorando.
Passei o shampoo, esfregando meus cabelos ruivos;abri os olhos e vi algo vermelho escorrer por entre meus dedos. Era sangue..
A voz continuava: voe, voe.
Voar como? - pensei.
Desliguei o chuveiro. enrolei-me na toalha branca e saí correndo para meu quarto, onde havia um enorme espelho pendurado na parede, ao lado da minha cama.
Virei-me, coloquei o cabelo para o lado e olhei para o espelho. Havia um corte imenso..
Vesti uma roupa qualquer e fui tomar café numa padaria na esquina.
A rua estava vazia. Era feriado, quase ninguém na cidade, pouco movimento.
Pedi meu café puro. Tomei. Minha mão começou a tremer e minhas costas a doerem.
O que era aquilo? Estava doendo muito.
Algo começou a sair de lá.Algo branco.
Eram asas.
Asas brancas, enormes e lindas.
Parecia que eu já sabia o manual de instruções.
A mesma voz ainda estava presente.
Aquela sensação era muito boa. Voar para o infinito, ver toda a cidade alí de cima.
Deitar nas nuvens..
Ver o que antes eu não enxergava.
Apenas voar e não pensar
O pensar naquele momento era o nada.
Nada além do nada.
Mas como voar, se não tenho asas?
A voz me segue para onde quer que eu vá. Não ouço outra coisa além disso.
O que querem que eu faça?
Fingir que eu sou um anjo?É pedir demais.
Estava me dando sono, então, não fiz nada além do nada. Tomei banho e fiquei assistindo à um programa de culinária até me dar sono.
Adormeci.
A voz não cessava...
Meus ombros doíam muito.. pareciam que algo deveria sair de lá.
Tomei então um relaxante muscular para ver se a dor acabava.
Parou.
Mas em algumas horas voltou, e com mais força.
O que estava havendo? Não conseguia mais dormir. Acordei e fui tomar outro banho quente, em quente para ver se melhorava.
Tirei a roupa e liguei o chuveiro. Esperei a água esquentar. Molhei meu rosto com aquela água quente. Ah! como era bom aquilo..Logo após, molhei meus cabelos..e tentei não pensar na dor.
Deixei a água cair no local e fechei os olhos. A dor estava melhorando.
Passei o shampoo, esfregando meus cabelos ruivos;abri os olhos e vi algo vermelho escorrer por entre meus dedos. Era sangue..
A voz continuava: voe, voe.
Voar como? - pensei.
Desliguei o chuveiro. enrolei-me na toalha branca e saí correndo para meu quarto, onde havia um enorme espelho pendurado na parede, ao lado da minha cama.
Virei-me, coloquei o cabelo para o lado e olhei para o espelho. Havia um corte imenso..
Vesti uma roupa qualquer e fui tomar café numa padaria na esquina.
A rua estava vazia. Era feriado, quase ninguém na cidade, pouco movimento.
Pedi meu café puro. Tomei. Minha mão começou a tremer e minhas costas a doerem.
O que era aquilo? Estava doendo muito.
Algo começou a sair de lá.Algo branco.
Eram asas.
Asas brancas, enormes e lindas.
Parecia que eu já sabia o manual de instruções.
A mesma voz ainda estava presente.
Aquela sensação era muito boa. Voar para o infinito, ver toda a cidade alí de cima.
Deitar nas nuvens..
Ver o que antes eu não enxergava.
Apenas voar e não pensar
O pensar naquele momento era o nada.
Nada além do nada.
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