Tudo o que ele queria era dormir.
Estava cansado demais para estar ali, com aquelas pessoas que o irritavam tanto.
A sensação de incômodo, impaciência iam te dominando cada vez mais; a vontade de estar longe dali, longe de tudo; a vontade de não estar era tudo o que pensara naquele momento.
Sua cabeça doía muito.
Fechara os olhos e apenas ouvira todas aquela pessoas conversando sobre assuntos fúteis,e a falsidade entre aquelas malditas pessoas, era algo que realmente o incomodava.
Oxigênio faltara naquele segundo. Um zumbido de longe atingira seu ouvido. Seu corpo estava suando, sua pele estava pálida. Seus lábios, quase que brancos.
Não havia mais sangue ali.
Não havia mais nada ali.
Suas costas tocou a cerâmica gelada; era somente o que ele podia sentir.
As cordas vocais travaram e nenhum sonido saiu de sua boca.
Era estranho, mas ao mesmo tempo era bom. Por fim sentira uma sensação de leveza. Estava em uma sala, onde havia um sofá branco, confortável por sinal. Tudo o que ele queria era estar ali. Ele, o sofá e um copo de café.
Nada era tão bom quão aquela calmaria. Tudo no seu devido lugar.
Estar onde realmente querer estar.
Ficara ali por uns minutos, mas algo de estranho estava ocorrendo. Seu corpo não era o mesmo. Uma sensação de sangue voltando a circular passara por suas veias. Seu olho estava difícil de abrir. A vontade era grande, porém não estava totalmente recuperado.
Acordara com muitas pessoas à sua volta, olhando-o tão de perto que poderia ele ouvir a respiração das pessoas que estavam presentes no local.
Seu semblante era estranho, de espanto, mas ao mesmo tempo de tentar entender o que acabara de acontecer com ele. Estivera em um local e agora permanecia em outro.
Como pode ele tomar uma xícara de café, deitar em um sofá confortável e não saber mais nada. Tinha a certeza de que estava no local do sofá. Seu corpo pudera sentir a maciez do estofado, mas soubera que seu corpo permanecera no mesmo local do desmaio.
O corpo fala, o corpo sente, o corpo sabe; e o real já não é mais tão real.
e tudo não passa de uma pequena ressaca existencial.
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