O dia estava amanhecendo quando decidiu voltar a Nova York.
Quando adolescente, sempre quis morar fora do país. Era um sonho. Imaginara que seria perfeito e que não haveria nenhum problema por lá. Mas a realidade era outra.
Fez então o que estava em sua mente. Comprou a passagem. Somente de ida. Não estava praocupada quando iria voltar;se iria.
Ao entrar no avião, sentou logo na janela, colocou fones de ouvido e os óculos escuros para não ter de ver aquelas pessoas que tanto a irritava. Fechou os olhos e ficou pensando no que havia deixado para trás. Uma carreira;uma vida. Mas não adiantava lamentar-se. Já havia feito e não havia como mudar.
As horas passavam lentamente.
Dormia, acordava e ainda permanecia naquela mesma poltrona.
Estava afim de fazer algo diferente, algo que as pessoas jamais esperassem dela, e ela de si mesma. Sabia agora que sua vida havia mudado e que poderia recomeçar outra, sem dar satisfações a alguém.
Ao chegar no aeroporto, pegou um táxi e foi direto para seu apartamento que havia deixado sem ninguém quando estava fora.
Ao menos em Nova York ela sabia que a imprensa não ia procurá-la. O tipo ideal agora era outro.
Modelos que morriam de anorexia.
Lá pelas tantas da noite, entrou em uma boate. Estava afim de dançar, beber, fumar demasiadamente sem pensar nas consequências.
Subiu então no balcão e começou a dançar.
Homens começaram a brotar ali perto. Ela dançava mais ainda.
Jogava bebida em seu corpo e nos que estavam a sua volta. Estava muito alterada, até que apagou.
Verônica acordou em um apartamento onde nunca havia entrado na vida. Alguém a teria levado e a colocado para dormir. Estava deitada em uma cama de casal, com lençóis azuis e um cobertor que combinava com o lençol. Ao seu lado havia um despertador e um porta retrato com a foto de um homem bonitão que aparentava ter uns quarenta e três anos.
Levantou da cama e foi verificar se havia alguém ali. O apartamento estava totalmente desorganizado, um verdadeiro furdunço. Dentre a bagunça toda ela avistou uma revista e lá estava ela na capa.
Ninguém apareceu;então ela volta para onde estava. Ouve um barulho chaves; de porta abrindo e fechando, sacolas plásticas balançando. Quando menos espera alguém diz:
- Ah desculpe-me pela bagunça. É que eu moro sozinho e hoje era o dia da empregada arrumar, mas ela ligou cancelando. Bom você deve estar se perguntando como é que veio parar aqui, e imagino que queira uma resposta.. - disse o tal coroa da foto no portarretrato.
- Sim. Não lembro muito bem do que houve ontem. Só lembro de estar dançando em cima de um balcão, com uma garrafa de whisky na mão e depois não lembro de mais nada.
- Realmente. Você estava dançando feito uma louca, como se quisesse esquecer os problemas.
- É, era o que eu queria; mas pelo jeito arrumei mais, pra mim e pra você. - disse ela.
- Quando vi que estava fora de si e que havia desmaiado em cima do balcão, achei melhor trazer você pro meu apartamento e colocar você pra dormir. Afinal não é todos os dias que você encontra uma celebridade desmaiada em cima de um balcão de uma boate as três e trinta e dois da madrugada!
Bom, eu nem me apresentei ainda. Acho que você não me conhece, mas eu a conheço. Me chamo David. Faz algum tempo já que venho acompanhando o seu trabalho como modelo..comprei umas revistas que você saiu.
- É. Quando acordei fui verificar se havia alguém aqui e acabei encontrando uma revista em cima de uma escrivaninha, uma das que eu saí na capa...
Ah, obrigada pela hospitalidade e tudo, mas tenho que ir.
- Mas já? Nem tomou café da manhã.
- Eu tomo em qualquer lanchonete que eu encontrar. Acho que já estou incomodando demais.
- Não está incomodando. Se você me incomodasse eu nem a traria pra cá. Bom, já que estamos aqui, que tal um café da manhã? Afinal, você precisa se alimentar um pouco, está meio pálida. - disse ele com um tom de gentileza.
- Estou só cansada. Está certo, só um café da manhã.
Foram até a cozinha. Ela sentou-se em uma mesa com dois lugares. A mesa era verde escura e sobre ela havia uma planta, especificamente, um lírio. Enquanto ela observava com aquele olhar deslumbrante, como se nunca havia visto algo tão belo e tão calmo como o lírio; ele preparava o café da manhã. Waffles.
Quando adolescente, sempre quis morar fora do país. Era um sonho. Imaginara que seria perfeito e que não haveria nenhum problema por lá. Mas a realidade era outra.
Fez então o que estava em sua mente. Comprou a passagem. Somente de ida. Não estava praocupada quando iria voltar;se iria.
Ao entrar no avião, sentou logo na janela, colocou fones de ouvido e os óculos escuros para não ter de ver aquelas pessoas que tanto a irritava. Fechou os olhos e ficou pensando no que havia deixado para trás. Uma carreira;uma vida. Mas não adiantava lamentar-se. Já havia feito e não havia como mudar.
As horas passavam lentamente.
Dormia, acordava e ainda permanecia naquela mesma poltrona.
Estava afim de fazer algo diferente, algo que as pessoas jamais esperassem dela, e ela de si mesma. Sabia agora que sua vida havia mudado e que poderia recomeçar outra, sem dar satisfações a alguém.
Ao chegar no aeroporto, pegou um táxi e foi direto para seu apartamento que havia deixado sem ninguém quando estava fora.
Ao menos em Nova York ela sabia que a imprensa não ia procurá-la. O tipo ideal agora era outro.
Modelos que morriam de anorexia.
Lá pelas tantas da noite, entrou em uma boate. Estava afim de dançar, beber, fumar demasiadamente sem pensar nas consequências.
Subiu então no balcão e começou a dançar.
Homens começaram a brotar ali perto. Ela dançava mais ainda.
Jogava bebida em seu corpo e nos que estavam a sua volta. Estava muito alterada, até que apagou.
Verônica acordou em um apartamento onde nunca havia entrado na vida. Alguém a teria levado e a colocado para dormir. Estava deitada em uma cama de casal, com lençóis azuis e um cobertor que combinava com o lençol. Ao seu lado havia um despertador e um porta retrato com a foto de um homem bonitão que aparentava ter uns quarenta e três anos.
Levantou da cama e foi verificar se havia alguém ali. O apartamento estava totalmente desorganizado, um verdadeiro furdunço. Dentre a bagunça toda ela avistou uma revista e lá estava ela na capa.
Ninguém apareceu;então ela volta para onde estava. Ouve um barulho chaves; de porta abrindo e fechando, sacolas plásticas balançando. Quando menos espera alguém diz:
- Ah desculpe-me pela bagunça. É que eu moro sozinho e hoje era o dia da empregada arrumar, mas ela ligou cancelando. Bom você deve estar se perguntando como é que veio parar aqui, e imagino que queira uma resposta.. - disse o tal coroa da foto no portarretrato.
- Sim. Não lembro muito bem do que houve ontem. Só lembro de estar dançando em cima de um balcão, com uma garrafa de whisky na mão e depois não lembro de mais nada.
- Realmente. Você estava dançando feito uma louca, como se quisesse esquecer os problemas.
- É, era o que eu queria; mas pelo jeito arrumei mais, pra mim e pra você. - disse ela.
- Quando vi que estava fora de si e que havia desmaiado em cima do balcão, achei melhor trazer você pro meu apartamento e colocar você pra dormir. Afinal não é todos os dias que você encontra uma celebridade desmaiada em cima de um balcão de uma boate as três e trinta e dois da madrugada!
Bom, eu nem me apresentei ainda. Acho que você não me conhece, mas eu a conheço. Me chamo David. Faz algum tempo já que venho acompanhando o seu trabalho como modelo..comprei umas revistas que você saiu.
- É. Quando acordei fui verificar se havia alguém aqui e acabei encontrando uma revista em cima de uma escrivaninha, uma das que eu saí na capa...
Ah, obrigada pela hospitalidade e tudo, mas tenho que ir.
- Mas já? Nem tomou café da manhã.
- Eu tomo em qualquer lanchonete que eu encontrar. Acho que já estou incomodando demais.
- Não está incomodando. Se você me incomodasse eu nem a traria pra cá. Bom, já que estamos aqui, que tal um café da manhã? Afinal, você precisa se alimentar um pouco, está meio pálida. - disse ele com um tom de gentileza.
- Estou só cansada. Está certo, só um café da manhã.
Foram até a cozinha. Ela sentou-se em uma mesa com dois lugares. A mesa era verde escura e sobre ela havia uma planta, especificamente, um lírio. Enquanto ela observava com aquele olhar deslumbrante, como se nunca havia visto algo tão belo e tão calmo como o lírio; ele preparava o café da manhã. Waffles.
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